FOTÓGRAFOS DO PARQUE

Ana Rosalini de Castro foi "Mulher Destaque 2006", na Área Profissões, no evento em que a Câmara da Mulher homenageia as mulheres de São Lourenço e região.
Anita, como é carinhosamente conhecida, nasceu em 13 de dezembro de 1922, e foi a 1ª fotógrafa do Sul de Minas, carreira iniciada como aprendiz em 1937, com o fotógrafo francês João Douat e com ele trabalhou por 8 anos no Parque das Águas, onde também havia o laboratório de revelações.
Na foto, Anita no quiosque que existia perto da Fonte Ferruginosa, no Parque das Águas.
Aprendeu a fotografar e a revelar e ensinou a profissão a seu marido Nestor e a sua irmã Violeta, que a auxiliaram na profissão.
Na antiga foto, Adélia, sua irmã mais nova, seu pai, Anita, e a mãe. d. Margarida.
Uma flor no meio das flores... Anita, jovem e bonita, na romântica foto colorida à mão.

Anita e Nestor casaram em 17 de maio de 1945, e tiveram 10 (DEZ) filhos !!!
Sempre trabalhando com fotografia criaram a linda família, que na foto ainda não estava completa.

Nestor e sua moto. Durante muito tempo a moto foi o meio de transporte do casal, de casa para o Parque, todos os dias, num vai-e-vem de fotos e revelações.



Anita trabalhou como fotógrafa no Parque até 1982, quando aposentou-se.
Nos tempos idos, quando nem todos tinham máquina fotográfica, vir à São Lourenço e não ser fotografado pelos Fotógrafos do Parque, era como "ir à Roma e não ver o Papa". Fotos preto-e -branco, fotos coloridas à mão, fotos de monóculo... O tempo passava, a moda mudava, e o casal sempre atualizado, fazia a alegria dos veranistas e deixava sua marca na história de SãoLourenço.

Viveram juntos, trabalharam juntos, criaram 10 filhos e, ainda hoje, continuam juntos, com o mesmo amor e carinho, ao longo de 63 anos de casamento.

Para Anita e Nestor, meus queridos compadres e amigos, ofereço essa postagem, com muito carinho e admiração.

HISTÓRIA - São Lourenço através do tempo

"História é a sucessão sucessiva de sucessos sucedidos sucessivamente no seio de sociedade", assim falava o Levi, professor de História do Ginásio Aliomar Pereira - Colégio Santa Cruz, no Rio de Janeiro, onde cursei o ginásio.
Cada rua, cada casa, cada igreja, marcam a passagem do ser humano pela terra. Suas obras, construções (ou destruições), deixam retratada a história de um povo. Preservar essa história é essencial para a manutenção das raízes , e as fotos registram os tempos idos, trazendo-os para os dias de hoje.



Visitando o Acervo da Casa da Cultura de São Lourenço, - Rua Ida Lage nº 622- fiquei absolutamente maravilhada com as fotos antigas que lá encontrei.
Quanta História ! Quantas vidas, sonhos, projetos, planos, estão gravados naqueles retratos.
São Lourenço em 1917 !



O centro da cidade, em 1920, era assim ! Como seria viver naquela época ?
Bairro Estação, também em 1920. Ainda pode-se enxergar perfeitamente o relevo da região.
Vista aérea mostrando o pequeno aglomerado de construções e as suaves colinas ao redor, na década de 1930.
A atual movimentada e ocupada Rua Dr. Olavo Gomes Pinto era essa coisa linda, em 1935.
Belas construções, árvores e muito sossego.
Que saudades de um tempo que nem vivi...
Inauguração do Campo de Aviação, também em 1935.

Visitar o Acervo é viajar no tempo, conhecer nosso passado, e uma ótima oportunidade para repensar nosso futuro.

JANEIRO EM SÃO LOURENÇO (!?)

Quando comecei a escrever no São Lourenço - Caminho das Águas, minha intenção era, entre outras, retratar a Natureza na cidade nas 4 estações do ano, e mês a mês. Percebi no entanto, que a cada ano, fica mais complicado falar sobre um clima, pois com o "aquecimento global" e outros problemas mais, as estações já não são mais as mesmas. Janeiro passou, sem cara de janeiro, e só no final de fevereiro pudemos dizer que estávamos no Verão.

Diante dessa bagunça climática, resolvi mostrar agora uma flor que floresce no verão, em janeiro, nos tempos de calor e muita chuva.
É o meu muito querido Hedychium coronarium, conhecido popularmente por Lírio-do-Brejo, e que por seu perfume insinuante representa muito bem a estação mais quente do ano.
Lindas e perfumadíssimas flores brancas nascem, em cachos que se formam a partir de uma espiga, no meio de longas e verdíssimas folhas.
As moitas enormes costumam cobrir áreas alagadas, mas nascem também nos jardins.
O perfume inebriante das flores brancas invade o meu jardim, penetra pelas janelas e traz uma deliciosa sensação de felicidade perfumada.
O perfume surge intensamente quando a tarde caí, mas as flores mantém o aroma durante todo o tempo, e este permanece, até depois delas estarem secas. Gosto de trazer um punhado e deixar perfumando a sala, o quarto, a cozinha.

Apesar de já estar ficando com cara de Outono, deixo registrado aqui a beleza e o frescor de uma flor que representa muito bem o verão sãolourenciano.

AZUL ATÉ DEMAIS !

Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras... Deixo com vocês 5 imagens de um lugar lindamente azul para o qual não são necessárias muitas palavras.

O lago do Parque de São Lourenço proporciona imagens maravilhosas, carregadas de beleza e paz. Especialmente neste dia, o lago estava mais radiante do que nunca e as fotos ficaram assim.
A mais-do-que-tradicional vista da Fonte Vichy, emoldurada de azul.
Verde e azul, azul e verde. E o barquinho descansando...
Verde, água, céu. Instântaneos de uma tarde serena.
Até os feios "espigões", refletidos nas plácidas águas azuis, são desculpados diante de tanta beleza.

Passear no Parque de São Lourenço é uma das boas coisas da vida !

CASA DE COUROS SANTO ANTONIO

Para quem vem de uma grande cidade, totalmente urbana como é o Rio de Janeiro, uma casa de couros é algo muito interessante e diferente.

Prefiro não questionar o que aconteceu com o lindo lobo guará que, do alto da prateleira, surpreende os clientes com sua beleza extática...
"Mil" gavetas de madeira, repletas de coisas de todos os tipos, e para todos os usos.
Selas, cordas e uma infinidade de objetos afins são encontrados na Casa de Couros Santo Antonio.
E ainda possui um lindo piso de ladrilho hidráulico !
Uma das mais tradicionais lojas de São Lourenço, a Casa de Couros Santo Antonio existe desde 1966 com o mesmo proprietário, e é mais uma atração turística para quem gosta de ver objetos originais e de uso no campo.