terça-feira, 30 de setembro de 2008

O RIO VERDE E SUA LENDA

O Rio verde nasce na Serra da Mantiqueira, em Itanhandu, e vem com suas águas banhando e embelezando as cidades que foram surgindo às suas margens. São Lourenço é uma dessas cidades.


Gosto muito de uma linda canção intitulada Eu e o Rio, de autoria de Luíz Antonio, e que foi sucesso na voz de Miltinho:

"Rio caminho que anda e vai resmungando, talvez, uma dor. Ah, quanta pedra levaste, quanta pedra deixaste, sem vida e amor. Vens, lá do alto da serra, o ventre da terra rasgando sem dó.
Eu também, venho do amor, com o peito rasgado de dor e tão só. Não viste a flor se curvar, teu corpo beijar e ficar lá prá traz. Tens a mania doente, de andar só prá frente, não voltas jamais.
Rio, caminho que anda, o mar te espera, não corras assim. Eu sou o mar que espera alguém que não corre prá mim."

Todo rio tem sua lenda, toda a montanha tem sua história. Segue abaixo, a do Rio Verde.


LENDA DO RIO VERDE:
Recontada e ilustrada por Selma Bajgielman
"Era uma vez um garimpeiro que, garimpeiro que era, queria ficar rico achando ouro, diamantes e pedras preciosas. Em suas andanças, chegou às margens de um rio. Olhou o rio tão lindo ! De águas claras e calmas e pensou: - aqui vou realizar meus sonhos !
Construiu então, uma pequena choupana coberta de sapé. Durante o dia, ele garimpava e à noite, já cansado, sonhava que era muito rico e poderoso ! Os dias foram passando e nada... Nem o ouro pintava na batéia... nem no cascalho aflorava o brilho de um diamante.



Desanimado, ele seguiu o curso do Rio à procura de algum outro lugar onde a Natureza pudesse ter escondido seus tesouros. Foi então que, enquanto caminhava entre a mata, o garimpeiro ouviu vozes e risinhos. Como ele já estava sozinho há muitos dias, se apressou em achar de onde vinham aqueles sons, tão agradáveis para seus ouvidos. Logo avistou duas caboclas que tomavam banho e brincavam no rio. Ele se aproximou, lentamente, para não assustá-las e se apresentou às duas perguntando por algum local onde pudesse ter pouso.As caboclas, então, o levaram à Casa Grande, onde o garimpeiro foi recebido pelo Fazendeiro. Uma das caboclas, muito bela e de olhos sonhadores, conquistou o coração do garimpeiro. Ele, então, passava o dia tentando encontrá-la: ora na fonte em que lavava roupa, ora na lavoura colhendo espigas de milho já maduras. Quando ele demorava a aparecer, a cabocla retardava seu serviço esperando até vê-lo surgir no atalho. Ele então, resolveu erguer seu rancho, ali por perto e a cabocla acostumou-se a ir vê-lo mineirar. Ela batia palmas e pulava de alegria, quando o brilho de um diamantezinho iluminava o cascalho. O garimpeiro não mais pensava em voltar. Era ali, ao lado da cabocla de grandes olhos sonhadores, que estava a felicidade !

Um dia, os diamantes tão esperados surgiram e em pouco tempo o garimpeiro tinha as mãos transbordando de pedras brilhantes. Madrugava ele no garimpo e só tinha olhos para as pedras. A cabocla ainda vinha, todos os dias, vê-lo trabalhar, mas ele mal a olhava, só pensava em voltar para a cidade e aproveitar toda aquela riqueza. Não percebeu a nuvem de tristeza que cobria o olhar da cabocla. Então , um dia, o garimpeiro desapareceu.
A cabocla vagava chorosa, pela margem do rio, se estirava na grama e com os cabelos emaranhados, misturava seus soluços ao marulhar das águas. O céu teve pena da cabocla e mudou a cor das águas do rio. Nunca mais os passantes viram através delas, como através de um cristal, o rico cascalho no fundo do rio.

As águas ficaram verdes e esconderam para sempre as riquezas que guardavam. E o rio foi chamado de RIO VERDE"

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

PRAÇA DA FEDERAL

A Praça da Federal é a primeira para quem chega à São Lourenço, vindo do Rio ou de São Paulo. Bastante arborizada é um refúgio verde em meio ao trânsito constante de uma pequena-grande cidade.Seus vários níveis dão movimento e graça ao conjunto.
Revirando meus guardados encontrei esta antiga fotografia (1956), onde meu já famoso tio Alberto posa ao lado de amigas, junto a este belíssimo leão alado. Moradores mais antigos garantiram-me que este leão estava na Praça da Federal.
E lá fui eu, máquina fotográfica em punho, procurá-lo. Mas, oh decepção, o leão não tinha asas ! Fiquei pensando se seria o mesmo, ao qual as asas foram arrancadas...
Mistério a ser investigado. Quem souber alguma coisa, favor informar-me.
Para não ficar totalmente triste, encontrei belas azaléas, de tonalidade alaranjada, colorindo a Praça da Federal.

domingo, 21 de setembro de 2008

DIA DA ÁRVORE

"Somos os guardiães da Terra em muitos aspectos. Gostaríamos de enfatizar a absoluta necessidade das grandes árvores para o bem-estar da Terra. Isto não só porque nós (os devas das árvores) controlamos em parte as chuvas, mas também porque extraímos radiâncias interiores que são igualmente necessárias à Terra." "Sim, eu falo com anjos, grandes seres cujas vidas permeiam e criam tudo o que existe na Natureza." Assim falou Dorothy Maclean, co-fundadora da comunidade de Findhorn, e autora do livro A Comunicação com os Anjos e os Devas.

Na foto a imensa figueira no Parque das Águas.
A lindíssima Paineira florida na Estação.
Tronco de Araucária - o pinheiro brasileiro.
Outra figueira, desta vez, na Praça da Estação.

Neste Dia da Árvore deixo aqui essas palavras, talvez surpreendentes para muitos, e as imagens de imponentes árvores existentes em São Lourenço.

domingo, 14 de setembro de 2008

A MAGIA DA PRIMAVERA

Em São Lourenço vivemos a Primavera intensamente, pois as flores explodem por todos os lados enchendo nossos sentidos de beleza e perfume. Orquídea Dendróbia enfeitando as árvores do Parque das Águas.
Buganvílea lilás perto da Prefeitura.
No bairro Solar dos Lagos 2 buganvílias de cores diferentes convivendo amistosamente num só buquê.
No Parque das Águas a Pata-de-Vaca branca suaviza os caminhos verdes.
Ainda no Parque das Águas a beleza da Buganvília vermelha.
Alameda colorida de cor-de-rosa pela Pata-de-Vaca.
A Azaléia, rainha do inverno, ainda florida no Parque das Águas.
A Íris ocupou um grande canteiro com suas flores brancas no Parque das Águas, junto ao Pavilhão.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

CALÇADAS COM LETRAS

"Olha por onde andas !" Assim diziam nossos pais alertando para os caminhos a percorrer. E eu, obedientemente segui as instruções antigas. E para minha surpresa vi que as calçadas tinham letras !No bairro da Estação descubro essa preciosidade.
- Os prestativos carregadores de malas que serviam aos turistas (nos tempos em que poucos tinham carro, e não existiam malas com rodinhas) eram reconhecidos por números, além dos nomes próprios. Meu pai sempre escolhia o Melo.
Preciso conversar com os moradores da casa onde na calçada está escrito Carregador número 2 e conhecer essa história...

...Já conversei com a neta do Carregador número dois, que era o Amâncio, falecido em 1996. Ele e seu irmão, conhecido como Melo, ou Melinho, eram os preferidos da minha família, e acho que o Melo era número 5. (Será que minha memória não vai me trair ?)
A casa em cuja calçada estão as letras pertence ao filho do saudoso Carregador número dois.
Na esquina em frente a Padaria Santo Antonio encontro este Armazém Lage.
Logo ao lado está este quase invisível Açougue São José, e PCS, que até precisei raspar com o sapato para conseguir ler. Que pena...
O da Casa Diamante também está um pouco apagado por tantas passadas que recebeu nesses tão longos anos em que está lá.

Será que existem outros em São Lourenço ? Agora ando olhando para o chão a procurar mais letras reveladoras de um estilo de propaganda tão simpático.

Muito melhor do que os imensos e poluentes cartazes usados hoje em dia...