Gosto muito de uma linda canção intitulada Eu e o Rio, de autoria de Luíz Antonio, e que foi sucesso na voz de Miltinho:
"Rio caminho que anda e vai resmungando, talvez, uma dor. Ah, quanta pedra levaste, quanta pedra deixaste, sem vida e amor. Vens, lá do alto da serra, o ventre da terra rasgando sem dó.
Eu também, venho do amor, com o peito rasgado de dor e tão só. Não viste a flor se curvar, teu corpo beijar e ficar lá prá traz. Tens a mania doente, de andar só prá frente, não voltas jamais.
Rio, caminho que anda, o mar te espera, não corras assim. Eu sou o mar que espera alguém que não corre prá mim."
Todo rio tem sua lenda, toda a montanha tem sua história. Segue abaixo, a do Rio Verde.
LENDA DO RIO VERDE:
Recontada e ilustrada por Selma Bajgielman
"Era uma vez um garimpeiro que, garimpeiro que era, queria ficar rico achando ouro, diamantes e pedras preciosas. Em suas andanças, chegou às margens de um rio. Olhou o rio tão lindo ! De águas claras e calmas e pensou: - aqui vou realizar meus sonhos !
Construiu então, uma pequena choupana coberta de sapé. Durante o dia, ele garimpava e à noite, já cansado, sonhava que era muito rico e poderoso ! Os dias foram passando e nada... Nem o ouro pintava na batéia... nem no cascalho aflorava o brilho de um diamante.
Desanimado, ele seguiu o curso do Rio à procura de algum outro lugar onde a Natureza pudesse ter escondido seus tesouros. Foi então que, enquanto caminhava entre a mata, o garimpeiro ouviu vozes e risinhos. Como ele já estava sozinho há muitos dias, se apressou em achar de onde vinham aqueles sons, tão agradáveis para seus ouvidos. Logo avistou duas caboclas que tomavam banho e brincavam no rio. Ele se aproximou, lentamente, para não assustá-las e se apresentou às duas perguntando por algum local onde pudesse ter pouso.As caboclas, então, o levaram à Casa Grande, onde o garimpeiro foi recebido pelo Fazendeiro. Uma das caboclas, muito bela e de olhos sonhadores, conquistou o coração do garimpeiro.
A cabocla vagava chorosa, pela margem do rio, se estirava na grama e com os cabelos emaranhados, misturava seus soluços ao marulhar das águas. O céu teve pena da cabocla e mudou a cor das águas do rio. Nunca mais os passantes viram através delas, como através de um cristal, o rico cascalho no fundo do rio.
As águas ficaram verdes e esconderam para sempre as riquezas que guardavam. E o rio foi chamado de RIO VERDE"
Que linda a lenda do rio Verde e a letra da canção também é maravilhosa, acho que somos parecidas , pois eu também adoro tudo que se relaciona com hábitos e costumes do povo , adoro artesanato e gosto de fazer recolhas do passado. Quando dava aulas fiz um projecto com os meus alunos intitulado " no tempo dos meus avós era assim ", e o que descobrimos sobre a nossa terra, foi espantoso , fizemos tantas recolhas que no final fizemos uma exposição que foi um sucesso, foi engraçado porque cada criança junto de familiares e amigos iam pedindo emprestadas tudo o que tivessem muito antigo e juntamos tanta coisa que ocupamos 2 salas de aula e o hall de entrada. No final a exposição que era para ser no fim de semana, prolongou-se por uma e foi um sucesso. Aliado a isto fizemos um teatro alusivo também aos usos e costumes do passado e toda a gente gostou imenso. Por isso gosto imenso dos seus sites. Uma boa semana. Beijinhos de Manta de retalhos
ResponderExcluirSabe, Elisa, eu costumo dizer que muitas vezes as pessoas não gostam de arte, música erudita, história, tradições, etc, simplesmente porque não tiveram a oportunidade de conhecer.
ResponderExcluirEssas experiências, como v. teve, são maravilhosas, e mostram que a Humanidade ainda tem salvação.
Obrigada pela visita. Já visitei seu blogue e comentei.
Beijo
Flora Maria
Olá Flora. Gostei desta versão. Muito bonita. Até mais ver!
ResponderExcluirP.S. Acho que agora o seu blog deixou de ser um "blog com pouquíssimos comentários" ;-)
H.G.M.
ResponderExcluirE é graças à você, pessoa de bom gosto...
Obrigada pelo estímulo.
Um abraço
Flora Maria
gostei de mais
ResponderExcluirPor que o rio VERDE é Marrom ?????????????
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