terça-feira, 19 de maio de 2009

PAVILHÃO CENTRAL - Tantas histórias...

São Lourenço nasceu das águas, e das águas se criou, e em 1890 foi fundada a COMPANHIA DAS ÁGUAS MINERAIS DE SÃO LOURENÇO. Em 1905, Afonso Noronha França inicia uma vasta propaganda das águas, e concede estada gratuita aos viajantes, de dois ou tres dias, no Hotel Veneza, (hoje Pavilhão Central) dentro do Parque das Águas.

Nessa foto de 1918, o Pavilhão atual continua lá, e a anotação diz : "Fonte Magnesiana - Capella de S. Lourenço - Pensão Filial- S. Lourenço." Seria o nome Filial ou a informação "filial" ?
Reparem no alagado do solo. Seria já o início do laguinho que existe atualmente ?


Na propaganda sem data, lá está nosso velho conhecido Pavilhão Central, ao lado de um outro prédio maior. Agora, ostentando o nome de Parque Hotel.
"Banheiras de immersão, chuveiros e agua corrente nos quartos. Tratamento de primeira ordem. Reservam-se aposentos por carta ou telegramma."
Ainda não existiam telefones...

Atualmente o Pavilhão Central está assim, com seu charmoso telhado da varanda repleto de plantas, e o mesmo ar nostálgico de tempos idos.
"Um milhão" de objetos podem ser encontrados no Pavilhão Central. Peças bonitas, interessantes, úteis, mas o que me encanta é o piso de pastilhas em flor, os móveis de madeira escura, trabalhada, e as lembranças que me invadem quando lá penetro.
Lá no fundo da foto, onde está aquele balcão, funcionava um café, e recordo até hoje o cheiro delicioso do café quente, nos idos dos anos 50.

A propaganda da Kodak, bem anos 50, continua na parede, e a porta de enrolar é de madeira !
Gosto muito de visitar o Pavilhão Central, de preferência sozinha, olhando cada detalhe, silenciosamente descobrindo coisas antigas, e sentindo-me novamente a menina de 6 anos que enamorou-se perdidamente da mágica cidade das Águas de São Lourenço.

4 comentários:

  1. Muitíssimo interessante. Fico a imaginar como era a São Lourenço daquela época, e de como poderia ser hoje, se outros rumos tivesse tomado...

    Sobre a propaganda, apenas uma pequena correção: nesta época o telefone já existia por aqui. Observe no rodapé onde se lê "Telephone: 20". Aliás, para fazer uma ligação nesses tempos era só girar a manivela algumas vezes e logo a voz da simpática telefonista podia ser ouvida. Dizer o número era opcional, pois a moça conhecia todos eles só de nome.

    _Me liga com o ponto chic, pois sim?
    _Sim, aguarde um momento.

    Não raro, durante a conversa, era possível ouvir alguma tosse que escapava da telefonista, que já não mais deveria estar na conversa. Não é à toa que as telefonistas costumavam ser as pessoas mais bem informadas da cidade.

    Abraços de
    H.G.M.

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  2. H.G.M., v. tem razão.
    Foi total falta de atenção não reparar no telefone, mas por que a orientação é para reservar por carta ou "telegramma" ?
    Lembro muito bem que quando eu vinha para cá, nos anos 50/60, era uma dificuldade telefonar para o Rio, pois a espera era longa.

    Como eu lastimo não ter fotografado aquele casa onde funcionava a agencia telefonica !

    Abraço

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  3. Olá H.G.M. - recebi de um antigo barraqueiro-pesquisador a informação de que o Mercado Municipal foi construído em 1936.

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  4. Agradeço a informação sobre a daa da fundação do mercado. H.G.M.

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